Sobre o atual. As pessoas, a saudade e as várias formas do amar.
Sobre o cativar. O apegar, o se importar e as inexplicáveis maneiras de querer.
Sobre o tempo.. Este que se vai e esquece de avisar, saindo de cantinho, bem à francesa. O tempo é elegante. Não abdica de seus afazeres, tem uma responsabilidade maestral. Inventa uma valsa para os mais acomodados; improvisa alguma trégua com os que, se pudessem, arremessariam o pobre Tempo em um penhasco.
Disseram-me que ele cura, e também que o seu maior trabalho é contribuir para o caminho traçado ser de pólos iguais ou pólos opostos. O abismo entre o 'no matter how long' ou 'I don't care anymore'.
Quando estou em Florianópolis visualizo as situações e não sei qual opinião compartilhar. Tive o prazer de abraçar o 'no matter how long' de um jeito inimaginável, isto logo após barreiras com míseros buracos de conexão - e, já compreender as próximas barreiras, sendo estas emocionais ou geográficas - criados por conversas medíocres usadas somente para causar ainda mais saudade. Contudo estou presenciando esporadicamente o 'I don't care anymore' com uma precisão inacreditável. É um tal de virar a cara e fingir que não existe incrível. E recordo-me do tempo em que o tempo não era páreo para ele mesmo.. Ele curava. Palmas para a atuação. Palmas para a decepção.
Como em um trabalho de terceira série primário (também presenciada no dia de hoje com a exímia festa junina do CAP), posso concluir que não sou NADA se não fosse estas pessoas que o tempo não me tomou e eu não seria esta que vos fala com a falta dos que o tempo (e o vento), tão egoicamente, levou.