Se os acontecimentos deste ano estivessem distribuídos em 36 meses - e ainda assim haveria acúmulo de fatos sobrepostos - seriam três repetições de quatro estações irremediavelmente inebriantes.
Confesso, sou uma perfeita aquariana sob influência direta de câncer para abençoar minha busca ao passado como resposta ao meu futuro sem interferência aos atos meus.
E divagando sobre o causo, chego a considerar se minha fé inexorável em movimentos astrais não é somente uma escapatória rápida para momentos árduos.
Respondo - mesmo se fosse, digo que não.
A explicação, no entanto, não é em torno da contradição cronológica, e sim, da pessoal. Aquário com sua imponência coerente, seu brilhantismo racional.. e aí a lua me presenteia com Câncer, cujo brinde é todo um drama o qual a solução é doar carinhosamente aos amigos e dizer: "toma que o filho é teu; não consigo carregar isso, não". Em conjunto, como se não bastasse, o sentimentalismo do artrópode procura algo semelhante ao que carrego no peito enquanto a definição preto-no-branco aquariana pesa na balança (e esses malditos librianos nem pra ajudar, né). Balança desregulada, diga de passagem.
Por conseguinte, é explicável o fato de amar demais. Sentir além, posto que desejasse aquém. Aconselharam-me algo tomado em copos pequenos em tamanho único. Só catalisou, como o esperado. Agora comentaram algo chamado esporte, "diz que é bom pros ânimo" foi o diálogo da cumadre. Testar não mata, estagnar emburrece.
E fugir, faz o que? Um tal de me esquece?
Prece, viagem, vodka, masturbação, compras, esporte, comida, tabaco, drogas, tequila..
Fico apenas calada até, enfim, sair dessa cretina cilada.
E, nem comento sobre a utensílios de tortura instintiva que aí sim, meu amigo, traga o galhinho de arruda e muita paciência da bolsinha com seus nós cabalísticos pra escutar.
domingo, dezembro 05, 2010
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