Para
tudo há um padrão.
Escrevo isso com certo
receio. Penso: "Logo eu, que tenho fortes propensões a ridicularizar os
ciclos intermináveis e as pessoas que querem fazer sempre as mesmas coisas e
obter resultados diferentes".
Justo eu, que amedronto-me
fronte à rotinas, que tenho vontade de explodir os dogmas e as regras
infundadas acima de assuntos polêmicos e necessariamente passíveis de
discussão.
Contudo, novamente o
padrão.
É quase o número de ouro (http://pt.wikipedia.org/wiki/Propor%C3%A7%C3%A3o_%C3%A1urea),
um enigma transcendental, que somado, subtraído, dividido continua sempre o
mesmo.
Este número irracional,
cuja sequência aparece na natureza, no DNA, no comportamento da refração da
luz, dos átomos, nas vibrações sonoras, as quais são personagens quase
principais de nossas ações padronizadas - por exemplo, escutar música
escrevendo textos é uma ação bem padronizada (Placebo - Special Needs).
Assim como no crescimento
das plantas, nas espirais das galáxias, dos marfins de elefantes, nas ondas no
oceano, furacões e afins.. Nas batidas do coração.
Sendo assim, se até as
pirâmides, as plantas e os retângulos apresentam este padrão (dentro de suas
devidas regras), qual seria o motivo de nossas ações serem diferentes?
A questão é que, ao
contrário das pirâmides, das plantas e dos retângulos, nós podemos construir
novos padrões. Ou encabeçar padrão nenhum. Nós temos a capacidade de recomeçar,
de reinventar. Sair desse quadrado, embora este ainda contenha algum misterioso
número que o torne passível de raiva.
E
é assim que defendo uma frase que vi hoje: Algumas
vezes é preciso silenciar,
sair
de cena, e esperar que a sabedoria do tempo termine
o espetáculo.
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