segunda-feira, maio 24, 2010
explícita e exposta.
Eram duas propositalmente desconexas. Aqui e lá (ou aí). Afinal, necessitava-se de uma tela sem tinta, sem rabiscos ou esboços. Ainda em croquis compostos de um mundo além roupas e modelos (não me aniquilem, aspirantes da moda). De súbito, resolvi misturá-las. Pequenas experiências com a vida alheia, fato que se mostrou bem sucedido, pois as tacadas não planejadas contaram com a perfeita direção e sentido. Eu tinha conhecimento absoluto dos preciosos de lá e, para auxiliar a perfeita caçapa, aprendi em seis meses o que não havia absorvido com anos em outras situações.
Toda via se diferencia, todavia. Por terem sido escassas, as chances, a união excitante resultou em algo meio vago, letárgico, porém não tornou a ser aquela ignorância total dos mundos. Pensei assim que somente poderia imaginar uma estrutura oficial contendo os dois caminhos distintos. Por tal, procastinei. Era conveniente o trajeto escondido em partes, bem como a indiferença aos fatos que eram mastigados.
Seguindo desta forma, vivenciei; até não suportar mais deixar acuada a mais bela das situações, essa que carrega o peso da distância, dos preconceitos e da proibição. Sabemos que é um tudo infinito, um infinito nada abstrato. Um infinito palpável, um "nós" cabível de inveja e vontades.
E foi dessa maneira.
"Vamos abastecer?" - Perguntei. Era requerida a presença do eficaz e velho conhecido catalizador, meu amigo Barreiro, juntamente aos nossos amigos Russos baleados de coca. Degrau em degrau. Copo translúcido transfigurou-se em ébano. Ao retornarmos houve um desvio de nosso curso habitual, aconchegamos nossos corpos de fronte um para o outro, após subirmos (uma estória repleta de subidas; fato intrigante) a diminuta escada daquela casa infantilóide e afastada do resto do mundo, formamos a expressão corporal exata para o momento inexato.
Após vários blábláblás alcoolizados terem sido doados e devolvidos, o lampejo surgiu. E perguntei, congelei, almejei desculpar-me - sem intenção de. Era o meu anseio íntimo. O gesto significando um sim diáfano e límpido tranquilizou. A impulsividade intríseca que trouxe prejuízos incontáveis, foi de todo o agrado naquele instante. Foi magistral. Éramos o êxtase emanado em gênero, número e grau. Only exception, foi o dito por ti. Eu acrescento: és mais que a única exceção. És a única razão.
ps: Pedi às nossas testemunhas oculares - também chamam-as de estrelas - guardarem o terraço para nós, com todas as antenas e fios, intocável. Lugar esse que contenho-me em comentar e exaltar pois você já o fez com maestria.
Nossas brasas infinitas transfiguram o endereço em ínfimo. Obsoleto.
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3 comentários:
Ah, o amor nunca perde sua mágica.
ai! chorei!
the only exception, the only reason, the only feeling.
the only.
the one.
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