segunda-feira, agosto 23, 2010

vômitos organizados

esse voar cálido e inóspito que levitou de mansinho e me fez perder o ar. para cima, para cima, já que a lua é cheia e manda sonhar.
lua. do que será que é cheia? ar? a lua é um balão grandão cujo objetivo foi se perder no escuro imenso e esperar que algum dia o menino pegue a cordinha de volta e traga a esperança marota cuja verdade está para se apresentar.
esperança? nove letras, uma cedilha e não me mande andar na linha. esperança é velha, é a senhora anciã; nunca morre, sempre acode. tarefa que não acaba! faça nuvem ou chove um rio, essa beleza pueril de quem não se cansa de ser criança, ter esperança e olhar a lua. porque criança só rima quando quer, quando é brincadeira. tipo soltar pipa ou dança da cadeira. e soltar pipa me remete à um causo que me contaram. causo contemporâneo com muita importância, e que não será citado aqui porque é texto desconexo, sem rumo nem sexo. texto escrito perfidamente para disfarçar. o que? isso é meu umbigo. dois bigo? quem sabe. só que essa é outra história inadequada para a situação.
que tal fazer um leilão? quem dá mais pela felicidade? manjado, eu sei, mas é verdade! felicidade é um tal que não se arranja. nunca parece que está bom, todo mundo quer mais canja! galinha, caldinho e muito amor. essa é a receita do valioso sabor, já diria a vó de alguém, pois a minha nunca me contou nada disso.
vovó tinha a mania de se conter. bordado, tricô e crochê. seu sonho era o meu batismo e meu desejo é o final do meu saudosismo. Benedita Clotilde dos cabelos brancos, da polenta e carne assada. É, a véinha me deixava malacostumada, como ela mesma costumava pronunciar. Éra "milium", "ornar", "ariar". ah, como já disse um amigo, "ampulheta da vida não vira de ponta-cabeça". e ainda que tivesse notado antes, faria exatamente o mesmo. pois o marasmo do silêncio é algo que não contorna.
por mais que tenha ovo de codorna (sempre achei o máximo um ovinho de cordorna).
e agora, me despeço. um dia volto em anexo. foi um texto banal ou superficial? juro que não! foi especial. recolher-me-ei à minha cama, consoante eu não possuir, agora, a dama. e obrigada pela atenção sem esperar uma canção.

segunda-feira, agosto 02, 2010

aqui foi o infinito na mão.
lá, o infinito molhado no chão.

e sempre, o infinito no peito.
no acalento amoroso
entre o beijo e o gozo.

nosso infinito particular, meu bem(zi).