segunda-feira, setembro 20, 2010

vasculhando o orkut, para o meu melhor:




inestimável. o início de nosso contato já foi o começo da amizade mais bonita. mais companheira. a sua viagem, quando eu tive conhecimento desta, foi um choque. era óbvio que não iria te perder, porém não tenho como enganar-me, assim como pensei quando mudei para Curitiba, fiquei receosa por existir a possibilidade de nosso laço desatar um pouco.
contraditoriamente, estes contratempos somente tornou-nos ainda mais próximos, com a certeza de um amor inacabável, aqueles raros que cheiram à grama recém cortada, à nostalgia dos dias que não vieram e à vontade dos que passaram. aqueles que gozam de uma solidez inegável, que trazem o sorriso dos olhos e o brilho das palavras, sem as mesmas serem expressas. o nosso sentimento é mútuo e lindo; dotado de vida.. é quase palpável.
eu te amo, pour toute ma vie, mon petit. e espero ansiosamente para olhar nos seus olhos e saber que estás ao meu lado novamente, de corpo, quero dizer, pois tu estás em todo lugar que olho, em cada canto remoto da minha vida. em cada saída, cada soneca, cada cerveja, trapiche, sacada, janela, praia, bomba de chocolate, CocoRosie, passeio, spliff, comemoração e felicidade. em cada sorriso. em cada lágrima. em cada abraço. ok. parei. te quiero com limón. e trate de voltar logo.

para dedei, 31 de janeiro de 2010

sábado, setembro 11, 2010

armações temporárias.. pra sempre.

Incrédula via as casas subirem. Uma armação encaixa na outra e forma uma caixa para usar como casa; esta provisória, entretanto sem vontade alguma de sê-la.
Eram vermelhas, azuis, amarelas e verdes. Algumas cobertas com um céu diferente. Era preto, comum em cor, porém não chovia dele, e sim nele. Parecia um pequeno condomínio, onde as barracas portavam sabedoria, vivência. Quantas confidências e segredos cabem dentro de uma barraca para quatro pessoas deitadas e algumas malas acabadas?
Aí apareciam as pessoas. Pés, que foram inicalmente limpos, estavam em um estado antônimo, implorando por uma escovinha, uma lixa, para tirar a 'craca' fixa. Contudo, não havia alma viva que preocupava-se com este minúsculo cataclisma. A convivência tornava os problemas diáfanos. O lugar transformava as consternações em passado. Excetuando somente aquele dia onde contávamos as estrelas até vermos a luz semelhante à bicicleta aproximando com os nossos encaixes completos. Dia marcante de bad conjunta. No entanto, comigo não. Nada me abalava, eu estava indestrutível. Nem a sarjeta sacana do dia seguinte me parou (talvez seja a mão que me ajudou; deixa pra depois). Nem assistir às minhas futilidades brincando de esconde-esconde. Chinelo, cigarro, celular e isqueiro me fazendo de boba. Enfim, ainda assim, a bad comunitária procurou uma saída no nosso amigo José Cuervo. E não é que ele achou a solução?
Foram quatro sóis e 3 luas. Nem sempre sol, nem sempre lua, mas ainda dava para brincar na rua. Rua de areia, rua de terra, rua de trilha.
O dia ia dando adeus e a noite, olá. Era o chamado para começar a dança hindu. Shiva e Ganesh em nosso meio, misturando-se aos ventos já encantados daquela ilha onde quatro dias parecem um. E a manhã assemelha-se ao meio-dia. Onde troca-se tudo. Palavras sem sentido, experiências, casais, alianças. Onde catar o rrrrrrrrubens dando o cu é normal, assim como acreditar em duendes, perder-se e ficar tranquila com a companhia, usar a cozinha como estúdio de músicas de desenhos (POKEZE!), botar fé que você que é uma casa.. ou seria um órgão genital? Talvez um vibrador.. Ah! Sei que aquele lugar faz você precisar de um totem. Pois somente desta forma assegura que está em carne, fluídos e osso e relembra que é uma pequena dimensão onde o inevitável deixa de ser projeto, passa a ser dúvida.
Todavia aconselho a proceder igual a mim. Arranje um anti-totem, esqueça-se do dia 7 e finja que é pra sempre. pra sempre. pra sempre..