quarta-feira, maio 29, 2013

Φ

Para tudo há um padrão. 

Escrevo isso com certo receio. Penso: "Logo eu, que tenho fortes propensões a ridicularizar os ciclos intermináveis e as pessoas que querem fazer sempre as mesmas coisas e obter resultados diferentes". 
Justo eu, que amedronto-me fronte à rotinas, que tenho vontade de explodir os dogmas e as regras infundadas acima de assuntos polêmicos e necessariamente passíveis de discussão. 

Contudo, novamente o padrão. 
É quase o número de ouro (http://pt.wikipedia.org/wiki/Propor%C3%A7%C3%A3o_%C3%A1urea), um enigma transcendental, que somado, subtraído, dividido continua sempre o mesmo.
Este número irracional, cuja sequência aparece na natureza, no DNA, no comportamento da refração da luz, dos átomos, nas vibrações sonoras, as quais são personagens quase principais de nossas ações padronizadas - por exemplo, escutar música escrevendo textos é uma ação bem padronizada (Placebo - Special Needs).
Assim como no crescimento das plantas, nas espirais das galáxias, dos marfins de elefantes, nas ondas no oceano, furacões e afins.. Nas batidas do coração.  
Sendo assim, se até as pirâmides, as plantas e os retângulos apresentam este padrão (dentro de suas devidas regras), qual seria o motivo de nossas ações serem diferentes? 

A questão é que, ao contrário das pirâmides, das plantas e dos retângulos, nós podemos construir novos padrões. Ou encabeçar padrão nenhum. Nós temos a capacidade de recomeçar, de reinventar. Sair desse quadrado, embora este ainda contenha algum misterioso número que o torne passível de raiva. 

E é assim que defendo uma frase que vi hoje: Algumas vezes é preciso silenciar, 
sair de cena, e esperar que a sabedoria do tempo termine o espetáculo.

Justo? Sim, justo será tentar uma nova ação e deixar que o ego seja deixado de contra-regra nessa peça, afinal, há muito mais em jogo que somente uma dose de pontos fracos.. 

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